domingo, 25 de dezembro de 2016

Por um presente de emancipaçao e dignidade.


Como cada 365 dias na medição cronológica estabelecida, até nos convencerem que no dia 366 começa outro ciclo independente do tempo passado e que nossas vidas são fragmentos de tempo ordenados um cima de outro, estilo maço de folhas de papel. Todos sabemos bem, que originalmente as celebrações na cronologia da sociedade humana eram marcadas por eventos naturais relacionados diretamente com a manutenção e sobrevivência da espécie, a partir de sua relação com a natureza. Mas a realidade civilizatória imposta a mais de 2000 anos, tem transformado o calendário em uma arma de dominação alienante e poderosa no dia a dia de nossas existências. Sem dúvida, chegaram a controlar em forma massiva e pontualmente a benefício de seus mercados econômicos dominantes, nossos sentimentos e emoções, desovando o fruto da exploração no dia e na hora marcada. Momento em cada um de nós esquece que ê cada qual, para amanhã ser quem nunca deixo de ser. Trabalha, consome, sonha, consome, ri, consome, chora, consome, nasce, consome, morre, consome... que o Capitalismo será feliz. Governo vai, governo vem, no efeito camaleão e o Estado opressor sempre impune sugando nossas vidas em benefício de uns poucos. Tudo isto não ê uma mensagem tipo "Muro das lamentações", ê uma mensagem ainda de esperança, para refletir em cada um de nós, em nosso imaginário e nos valorizar por cima da imposta sistêmica opressora e desumana, que a cada dia nos quer convencer de trocar solidariedade por individualismo, conforto por silêncio, submissão por medo, vida por morte. Nós passaremos, outr@s chegarão, mas nossas memórias resistirão ao passar do tempo e os calendários, erguidas, firmes, sem claudicar, por aquel@s que entregaram suas vidas e nos alimentam no dia a dia para continuar até onde seja necessário, por um mundo sem oprimidos nem opressores.

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