terça-feira, 4 de abril de 2017

A síndrome da obediência e o medo da Liberdade.



A cada dia está ficando mais claro o profundo grau de controle do sistema de dominação econômica do Capitalismo sobre as massas, até mesmo dentro das críticas, rebeliões ou propostas chamadas de revolucionárias. O qual nos compromete a criar campos de teses, na procura dos elementos já conhecidos e suas mutações dialéticas.

“O povo, neste sistema, será eterno estudante e pupilo. Apesar da sua soberania totalmente fictícia, ele continuará a servir de instrumento a pensamentos e vontades, e consequentemente também, a interesses que não serão os seus. Entre esta situação, e o que chamamos de liberdade, a única verdadeira liberdade, há um abismo. Será sob novas formas, a antiga opressão e a antiga escravidão; e onde há escravidão, há miséria, embrutecimento, verdadeira materialização da sociedade, tanto das classes privilegiadas quanto das massas” (Bakunin)

Nestes momentos podemos afirmar que o interesse e o debate sobre o conceito de Liberdade foi substituído pelo imediatismo das urgências, gerando falsos paradigmas convenientes a correntes reformistas, que usam o mesmo estado Burguês como elemento de solução Paternalista, na procura de um novo modelo de Poder. Convertendo-se em um amortecedor favorável na continuidade do processo da exploração e até conivente com o fim de se manter no poder. O uso das contradições de uma sociedade que desconhece o poder vital e suas condições como ponto fundacional do sistema de exploração capitalista, pode até ser denominado reformismo perverso. A ausência da consciência de classe nestes setores e suas propostas passa desapercebido para as maiorias alienadas e absorvidos pelo imediatismo de suas urgências econômicas. Caso dos setores mais desfavorecidos e do consumismo obediente nos setores acomodados.


A síndrome da obediência, em troca de uma falsa sensação de bem estar com sistema republicano Burguês e a falta de propostas concretas que demonstrem o compromisso e resultados reais para sair do Capitalismo, dá como resultado esta realidade imposta da barbárie e seus absurdos.

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